COP16 – Paz com a natureza – Meio Ambiente

O evento COP16 é um dos mais relevantes no cenário global sobre discussões ambientais

A cidade de Cali, na Colômbia, será o palco da 16ª Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP16), que ocorrerá entre os dias 21 de outubro e 1º de novembro de 2024. O evento é um dos mais relevantes no cenário global de discussões ambientais e busca mobilizar líderes mundiais e especialistas para melhorar a relação entre a humanidade e a biodiversidade.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, participou da abertura do evento. Ele apelou aos estados membros da Convenção das Nações Unidas sobre a diversidade biológica para que façam “investimentos significativos” em fundos internacionais para salvar a natureza.

Foto mostra António Gueterres no evento COP16
António Guterres, apelou aos estados membros da ONU para que façam “investimentos significativos” para salvar a natureza (Foto: EPA)

A conferência pretende incentivar reflexões profundas sobre a necessidade de um novo modelo econômico que não privilegie a extração dos recursos naturais e a poluição do meio ambiente.

Foto mostra araras que fazem parte da biodiversidade citada na COP16
Proteção ao meio ambiente é o principal assunto do evento (Foto: Diogo Sartori)

COP16 em foco

A COP é o principal espaço de negociação e discussão no âmbito da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica. O foco é encontrar soluções para reverter a degradação ambiental que o planeta enfrenta. Ela será a primeira realizada após a adoção do Quadro Global de Biodiversidade Kunming-Montreal, acordado na COP15, em dezembro de 2022, no Canadá. O documento define um plano de ação com 23 metas a serem implementadas pelos 196 países signatários até 2030, e com quatro objetivos gerais para interromper a perda da biodiversidade até 2050.

Foto mostra Sapo Brachycephalus pitanga que faz parte da biodiversidade citada na COP16
O foco do evento é encontrar soluções para reverter a degradação ambiental (Foto: Diogo Sartori)

Entre as metas mais relevantes estão a conservação de pelo menos 30% das áreas terrestres, marinhas e costeiras do mundo, a restauração de 20% dos ecossistemas degradados e a redução de 50% da introdução de espécies invasoras.

O acordo também visa reduzir pela metade a perda de nutrientes no meio ambiente e em dois terços o uso de pesticidas prejudiciais à biodiversidade, além de propor o fim do despejo de resíduos plásticos. Outro ponto de destaque é o financiamento, que busca aumentar em 200 bilhões de dólares os fluxos financeiros internacionais para os países em desenvolvimento, visando implementar essas metas.

Foto mostra lagarto que faz parte da biodiversidade
A conservação de pelo menos 30% das áreas terrestres, marinhas e costeiras do mundo estão entre as metas da COP16 (Foto: Diogo Sartori)

Os países participantes enviaram atualizações de suas Estratégias e Planos de Ação Nacionais para a Biodiversidade (EPANB), que são documentos orientadores para a execução das metas em nível nacional. Nações como Espanha, China, Japão, França e Hungria já submeteram suas atualizações, demonstrando compromisso com o pacto global. O Brasil também participará da conferência, reforçando sua posição de destaque, por ser um dos países com maior biodiversidade do planeta e com uma agenda voltada para a sustentabilidade.

Brasil e suas iniciativas

O Brasil, que ratificou a Convenção sobre Diversidade Biológica em 1998, terá um papel fundamental nas discussões sobre a implementação do Quadro Global de Biodiversidade Kunming-Montreal. O país deve destacar suas iniciativas em conservação, uso sustentável dos recursos e repartição justa dos benefícios, alinhadas ao compromisso de proteger 30% de suas áreas terrestres e marinhas até 2030. O evento, aliás, ocorre em um momento de grande pressão internacional por resultados práticos que comprovem os esforços dos países em deter e reverter a perda de biodiversidade.

Foto mostra Macaco-prego-amarelo que faz parte da biodiversidade citada na COP16
O Brasil ratificou a Convenção sobre Diversidade Biológica assinada em 1998 (Foto: Diogo Sartori)

A cúpula de biodiversidade COP16 servirá como uma plataforma para tratar não apenas dos problemas relacionados à biodiversidade, mas também para coordenar a implementação de diversas outras convenções e acordos ambientais interconectados. Entre eles estão o Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança, o Tratado Internacional sobre Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e a Agricultura e as Diretrizes de Bonn para o Acesso e Repartição dos Benefícios da Biodiversidade.

Foto mostra Tucano que faz parte da biodiversidade
Uma das metas da cúpula servirá como plataforma para tratar dos problemas relacionados à biodiversidade (Foto: Diogo Sartori)

O evento em Cali será um momento crucial para avaliar os avanços obtidos desde a COP15 e traçar novas estratégias para alcançar as ambiciosas metas globais. A expectativa é que a conferência gere um novo impulso na implementação das políticas de conservação e amplie a cooperação internacional, especialmente em termos de financiamento, para garantir que os países em desenvolvimento possam cumprir seus compromissos.

Foto mostra mata nativa
A COP16 gera um novo impulso na implementação das políticas de conservação e ampliação da cooperação internacional

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