Economia Circular Verde e o futuro sustentável

Quais são as práticas que nos auxiliam a gerar uma economia circular mais verde e mais sustentável? Conheça algumas soluções

A economia circular cada vez mais vem ganhando adeptos por ser uma alternativa sustentável ao modelo linear de produção, no qual produtos são fabricados, consumidos e descartados. Neste sistema, onde pensar em uma economia circular verde, envolvendo todos os processos – desde a escolha da matéria-prima até o descarte final – é importante reduzir o máximo de impacto ambiental e assim promover a sustentabilidade. Veja o gráfico abaixo.

Mas como implementar este conceito de maneira ampla e quais são as práticas que nos auxiliam a gerar uma economia verdadeiramente circular e mais sustentável? Com um olhar criterioso, analisamos cada etapa dessa cadeia sob o ponto de vista da economia circular e sustentável.

1. Escolha da Matéria-prima: Economia Circular desde o início

Imagem mostra matéria-prima da Economia Circular

A responsabilidade deve ser primordial desde o início com a escolha da matéria-prima, que é o primeiro passo para um sistema de produção mais verde.

O desafio é encontrar materiais que sejam reciclados, de baixo impacto ambiental ou biodegradáveis, além de substituir matérias-primas convencionais por alternativas que minimizem o consumo de recursos naturais. Por exemplo, no setor têxtil, fibras recicladas ou algodão orgânico são alternativas sustentáveis ao algodão convencional, que requerem grandes quantidades de água e pesticidas.

A adoção de matérias-primas que sejam sustentáveis exige um planejamento de criatividade e cuidadoso, considerando a disponibilidade e o custo dessas alternativas, que podem representar um dos maiores desafios no avanço da economia circular.

O planejamento é primordial para superar desafios

Programas que incentivam a reutilização de materiais, e também a devolução e iniciativas de reparos, podem ajudar a reduzir desperdícios e prolongar a vida útil dos produtos.

Gerar uma demanda por materiais sustentáveis entre consumidores e empresas, pode contribuir para melhorar sua disponibilidade, resultando em preços competitivos. A conscientização sobre os benefícios ambientais e sociais desses materiais é fundamental.

2. Design na sustentabilidade: criar para durar

Imagem mostra design da Economia Circular

O design desempenha cada dia mais um papel crucial na economia circular. Produtos devem ser projetados para durar mais e serem desmontáveis para facilitar o reparo, com o intuito de otimizar o uso de componentes e minimizar o desperdício.

Isso impacta, a todo momento, designers que são incentivados a desenvolver produtos com o menor número de componentes e a escolher materiais que possam ser facilmente reciclados.

Esse foco na durabilidade e na reciclabilidade vem desafiando as abordagens tradicionais e exigindo uma mudança de mentalidade, dentro das empresas e na cabeça de seus consumidores.

Além disso, estabelecer parcerias entre empresas, governos e organizações não governamentais pode facilitar a implementação de inúmeras práticas sustentáveis. A colaboração por parte da equipe desenvolvedora geralmente leva a soluções inovadoras para desafios comuns, como a gestão de menos resíduos e ao fomento e promoção da reciclagem.

Imagem mostra produção da Economia Circular

A produção sustentável depende de um uso eficiente de recursos e energia. Muitas indústrias estão adotando práticas de produção mais limpas: estas incluem o uso de energias renováveis, a redução de emissões de carbono e também o controle de resíduos.

Na indústria automobilística, por exemplo, os fabricantes estão investindo em tecnologias que permitem uma produção eficiente e menos poluente, além de compensações de carbono para neutralizar suas emissões inevitáveis.

Grande parte da compensação de emissões, são realizadas através de iniciativas como o reflorestamento, que por sua vez mitigam os impactos. Isso representa um custo adicional que, dependendo do ponto de vista, pode ser um obstáculo para pequenas e médias empresas. Porém o retorno em marketing e o posicionamento destas empresas vem atraindo cada vez mais consumidores.

Imagem mostra distribuição da Economia Circular

A distribuição torna-se um aspecto importante na economia circular, já que o transporte de produtos é um dos maiores emissores de CO2, e, para reduzir esse impacto, muitas empresas estão adotando práticas logísticas eficientes, como a otimização de rotas e o uso de veículos elétricos ou combustíveis renováveis.

A logística reversa, facilita a devolução de produtos e o envio para a reciclagem ou reparo, e também é essencial para fechar o ciclo de vida dos produtos de forma sustentável. Algumas empresas estão se tornando referência na implementação de logística reversa em suas operações:

Eletrônicos: grandes marcas de tecnologia já possuem programas de devolução de aparelhos usados. Estes são desmontados, analisados e quando possível seus componentes são reaproveitados ou reciclados. Isso é importante especialmente para o descarte correto de materiais tóxicos, como baterias, vidros, materiais nocivos à saúde, entre outros;

Vestuário: algumas empresas de moda oferecem descontos em compras futuras para consumidores que devolvem peças usadas, que são recicladas para a criação de novos produtos ou simplesmente doadas para pessoas;

Embalagens: empresas de bens de consumo estão incentivando a todo momento a o descarte correto e a devolução de embalagens, principalmente plásticas, para reciclagem ou reutilização. Algumas até usam sistemas de refil para reduzir o uso de embalagens novas.

5. Consumo e reparo: a importância de consumir conscientemente

Imagem mostra consumo da Economia Circular

A etapa de consumo é onde o comportamento do consumidor desempenha um papel essencial. Incentivar o descarte, o consumo consciente e o reparo, em vez da substituição constante, é um dos maiores desafios para as empresas.

Muitos produtos agora vêm com manuais de reparo ou programas de recompra que incentivam os consumidores a devolverem os itens quando não precisarem mais deles.

Empresas de eletrônicos, como a Fairphone, popularizaram essa prática ao produzir smartphones com design modular, o que permite que usuários substituam peças como a bateria ou a tela, prolongando a vida útil do aparelho e minimizando o descarte de componentes.

Do ponto de vista ambiental, manuais de reparo e programas de recompra têm um impacto significativo na redução das emissões de carbono e na economia de energia. Quando consumidores optam por reparar ou devolver um item, evitam a produção de um novo produto, o que resulta em economia de matérias-primas e de energia que seriam empregadas no processo de fabricação. Essa prática, portanto, é um passo importante para uma economia de baixo carbono.

Imagem mostra coleta de materiais

O processo de coleta e reciclagem é fundamental para uma economia circular, pois permite que os produtos sejam reinseridos novamente no ciclo produtivo. Empresas investem cada vez mais em programas de coleta de resíduos e reciclagem, aproveitando materiais que, de outra forma, simplesmente se tornariam lixo.

A implementação de sistemas de coleta eficientes e tecnologias de reciclagem avançadas, no entanto, ainda representa um desafio em países onde essas práticas não são amplamente desenvolvidas.

7. Compensação de emissões: neutralização da pegada de carbono

Imagem mostra compensação da Economia Circular

Para que a economia circular seja verdadeiramente sustentável, a compensação de emissões é essencial em todas as etapas do processo. Desde a produção até a reciclagem, as empresas precisam monitorar e compensar suas emissões. Isso pode ser feito por meio de créditos de carbono ou em iniciativas de reflorestamento.

Esse processo exige investimentos que nem sempre são realizados. Por outro lado, empresas que apostam na economia circular tendem a se destacar no mercado, reduzir custos a longo prazo e atrair consumidores conscientes.

Desafios e projeções para o Futuro

A implementação de uma economia circular mais verde exige, portanto, uma transformação profunda em cada etapa da cadeia produtiva e nos comportamentos de consumo. Entre os desafios estão o custo de adaptação às novas práticas, a falta de infraestrutura de reciclagem em várias regiões e a necessidade de regulamentações mais rígidas para promover práticas realmente sustentáveis.

Ainda que desafiador, o modelo circular é uma oportunidade de inovação para empresas e uma necessidade para o planeta. Com o avanço da tecnologia e o aumento da conscientização ambiental, as projeções indicam que uma economia circular verdadeiramente sustentável pode ser alcançada. Este modelo representa um compromisso essencial para reduzir a pegada ambiental e promover um desenvolvimento econômico que respeite os limites do planeta.


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